Motores Elétricos: Este ano, o Brasil passa a adotar um novo índice de rendimento mínimo dos motores elétricos. O novo padrão de mercado é o IR3, que garante mais eficiência, economia e competitividade para a indústria nacional. A medida foi anunciada pelo governo federal em 2017, mas a nova regra entra em vigor em agosto de 2019.
A portaria interministerial nº 1, de 29 de junho de 2017, foi publicada no Diário Oficial da União em 30 de agosto de 2017, tornando válido e público o programa de metas para motores elétricos trifásicos de indução. Na prática, a partir deste ano é que as empresas devem seguir o regramento, e muitas ainda precisam adaptar seu parque fabril a esta nova realidade.
Com a medida, o Brasil passa a ser pioneiro na adoção de um nível mínimo de rendimento na América Latina, juntando-se a países precursores como Estados Unidos e Canadá. Além dos novos índices de eficiência energética, que foi possível com o uso de sistemas motrizes mais modernos, a portaria também ampliou a faixa de potência, incluindo motores de 0,16 a 500 cv, de 2 a 8 polos.
A NORMA PERMITE UM ALINHAMENTO COM OS PAÍSES QUE SÃO REFERÊNCIA EM COMPETITIVIDADE DE SUAS INDÚSTRIAS FRENTE AO USO DE ENERGIA ELÉTRICA.
Novo padrão de rendimentos dos Motores Elétricos
UM NOVO TEMPO
Alinhar a competitividade ao patamar das indústrias internacionais que são referência em eficiência energética é um dos desafios do parque industrial brasileiro. É preciso investir em inovação e tecnologia que permitam às empresas melhorar seus resultados e reduzir os altos custos operacionais, especialmente ligados à energia elétrica e manutenção.
É nessa direção que o Brasil caminha, com o novo programa de metas para motores elétricos trifásicos de indução. A partir de agosto de 2019, o Brasil passa a adotar o IR3 como o novo índice de rendimento padrão, conforme definição da portaria interministerial nº 1, publicada em 30 de agosto de 2017.
Este é o tema que você se aprofundará nas páginas a seguir. Abordaremos neste e-book a eficiência energética e dados relevantes para a indústria, seguidas das principais informações sobre a portaria, seus prazos e vantagens, além das soluções de alta eficiência.
Fonte: Abesco
Eficiência Energética COMO SOLUÇÃO
Essenciais para o processo produtivo, os motores elétricos representam uma soma expressiva de custos à indústria nacional. Em dados gerais, eles são responsáveis por 68% do consumo de energia elétrica nas empresas, segundo a CNI (Confederação Nacional da Indústria).
Isso se deve ao fato de o parque fabril brasileiro ter, em média, 17 anos, conforme aponta a Abraman (Associação Brasileira de Manutenção e Gestão de Ativos). Portanto, muitas vezes os motores elétricos acabam por ultrapassar décadas de uso, sendo que aproximadamente 20% deles chegam a 25 anos.
Esse cenário coloca a eficiência energética como determinante para otimização do consumo de energia elétrica nas empresas e a própria renovação do parque industrial, que se faz necessária para a competitividade do produto nacional.
A modernização da indústria, tendo o motor elétrico como um dos seus protagonistas, permite a redução de custos operacionais e uma economia de até 60% no consumo de energia elétrica. Isso sem contar os ganhos ambientais e sociais.
Por definição, a eficiência energética consiste na relação entre a quantidade de energia empregada em uma atividade e aquela disponibilizada para sua realização.
Em outras palavras, é a utilização racional da energia, em que se procura minimizar as perdas nos processos e nas atividades.
Fontes: CNI/ABESCO/ABRAMAN/WEG
Números da Indústria:
- O setor industrial consome cerca de 41% da energia elétrica no Brasil
- Existem 537 mil unidades industriais em funcionamento no país
- Em média, 68% da energia utilizada na indústria é consumida por motores
- Cerca de 30%dos motores instalados possuem mais de 20 anos
- A modernização dos sistemas permite reduzir o consumo de energia em até 60%
- 27% de toda a energia consumida no Brasil está relacionada aos motores elétricos
Fonte: CNI (Confederação Nacional da Industrial)
PRINCIPAIS AÇÕES PARA OTIMIZAR O CONSUMO DE ENERGIA
- Substituição de motores antigos por modelos de alta eficiência
- Correto dimensionamento dos motores elétricos
- Automação dos processos
DICAS EM RELAÇÃO AOS MOTORES ELÉTRICOS
- Verifique se os motores estão funcionando entre 75% e 90% de sua potência nominal;
- Use sempre que possível variadores eletrônicos de velocidade, que ajudam o motor a trabalhar na área de máxima eficiência;
- Evite instalar os motores em ambientes com pouca ventilação. O superaquecimento prejudica o desempenho;
- Realize todas as manutenções preventivas para reduzir desperdícios, diminuir custos e aumentar a vida útil de seus equipamentos.
Análise de custo de paradas, custo de manutenção e custo de energia elétrica
Decisões baseadas somente em orçamentos ou em valores investidos na aquisição podem levar a equívocos. Mais que o investimento inicial, é preciso fundamentalmente considerar o custo operacional, ou seja, as despesas durante toda a vida útil do motor elétrico.
Comprovadamente, o consumo de energia elétrica concentra os maiores custos em todo o período. Assim, o valor adicional com a aquisição de uma solução de alto rendimento retorna na forma de economia com o insumo, tornando essa equação extremamente vantajosa a médio e longo prazo.
COMPARATIVO DE CUSTOS DO MOTOR ELÉTRICO
3 a 5%
representam os custos com aquisição e manutenção
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95%
representam as despesas com consumo de energia elétrica
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Fonte: MOTORES WEG